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Avanços na Urologia Oncológica reforçam importância do diagnóstico precoce

Publicada em: 17/12/2025 15:26 -

A urologia oncológica está entre as áreas que mais evoluíram na medicina moderna, impulsionada por tecnologias de ponta, terapias de precisão e métodos diagnósticos cada vez mais sensíveis. Segundo o urologista Dr. Samuel Torquetti Spagnul, esses avanços têm impacto direto no aumento da sobrevida e na qualidade de vida dos pacientes. Ele destaca que hoje é possível identificar tumores urológicos em fases muito iniciais e oferecer tratamentos menos invasivos, com recuperação mais rápida e eficácia superior, reforçando que informação e acesso ao cuidado continuam sendo as maiores ferramentas de prevenção.

Entre os tumores urológicos, o câncer de próstata se destaca como o mais incidente nos homens: estima-se que 1 a cada 6 desenvolverá a doença ao longo da vida, com cerca de 72 mil novos casos anuais no Brasil e representando 15% de todos os tumores masculinos no mundo. Quando diagnosticado precocemente, a taxa de sobrevida ultrapassa 95% em cinco anos. Exames como PSA e toque retal seguem fundamentais, já que mais da metade dos diagnósticos tardios poderiam ser evitados com avaliações simples e de rotina. Os avanços mais expressivos incluem cirurgia robótica com menor perda sanguínea e maior preservação nervosa, radioterapia modulada com menos efeitos colaterais e terapias-alvo e hormonoterapias modernas para casos avançados.

No câncer de rim, observa-se um aumento significativo na detecção precoce. Estimam-se cerca de 431 mil novos casos por ano no mundo e aproximadamente 7 mil no Brasil. Cerca de 70% dos tumores renais pequenos podem ser tratados com cirurgias preservadoras, possibilitadas principalmente pela robótica e laparoscopia, que permitem remover apenas o tumor e preservar o rim. Já no câncer de bexiga, o tabagismo está presente em cerca de 50% dos casos entre homens, e terapias intravesicais como BCG continuam sendo o padrão ouro para tumores não invasivos.

O câncer de testículo, por sua vez, ocorre principalmente entre 15 e 40 anos, é raro, mas apresenta taxa de cura superior a 95% quando detectado no início. A incidência mundial gira em torno de 80 mil casos anuais e vem aumentando, o que reforça a importância do autoexame mensal, considerado pelo Dr. Samuel como a forma mais simples e eficaz de detecção precoce.

Para o especialista, a prevenção e o acompanhamento contínuo são pilares essenciais. Ele ressalta que muitos homens ainda evitam o consultório por medo ou tabu, e afirma que, se esse comportamento mudasse, seria possível diagnosticar mais de 60% dos tumores urológicos em estágio inicial, quando são altamente curáveis.

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